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ADRUZILO LOPES COMPLETA 35 ANOS DE RALIS: “Alinho em cada prova com a mesma postura de sempre: dar o máximo”

A caminho dos 61 anos (16 outubro), Adruzilo Lopes completa esta época 35 anos de atividade nos ralis, a sua paixão de uma vida, ao longo da qual colecionou vários títulos de campeão de Portugal e inúmeras vitórias. Recentemente, chegou à participação número 20 no Rali Vinho da Madeira, mas esse não é, curiosamente, aquele em que competiu maior número de vezes…

“Até quando vou fazer ralis? Não faço ideia, mas direi que até perder a vontade e o entusiasmo. Enquanto conseguir montar projetos, sentir-me bem e andar depressa, continuarei. Não sei se isso vai acontecer durante mais um, dois, dez ou 20 anos. Enquanto durar essa chama, cá estarei”.

E quando se fala em eventuais preferências de um ou outra prova, o veterano piloto de Vizela faz questão de esclarecer:

“Alinhei 20 vezes no Rali Vinho da Madeira, mas o que terei disputado maior número de vezes é o Rali Vidreiro, até porque há outros que já não se fazem. Mas devo dizer que sempre gostei de todos os ralis. O ‘Vidreiro’ é algo especial, pois foi lá que obtive a minha primeira vitória absoluta e depois ganhei-o em seis anos consecutivos”.

Em relação ao Rali Vinho da Madeira, Adruzilo Lopes não esconde uma “relação” forte, em termos emocionais…

“O Rali Vinho da Madeira é apaixonante, com uma envolvência única, e um piloto que goste de ralis não pode ficar indiferente a isso. O calor humano, a atmosfera especial permanece lá e não se perdeu, ao contrário do que sucede com outras provas, como o Rali de Portugal, por exemplo, a prova portuguesa mais importante e que integra o calendário do WRC. Recordo que, nos meus tempos de piloto da Peugeot Portugal embora tivesse andado à frente na Madeira inúmeras vezes, quer com o 306 Maxi quer com o 206 WRC, e mesmo com pilotos do WRC presentes, só consegui vencer na última participação, em 2001”.

Nos dias de hoje, qual é o objetivo de Adruzilo Lopes quando alinha num rali? Uma pergunta merecedora de uma reação rápida na resposta:

“Não posso ir com o objetivo de ganhar se não disponho de meios para o conseguir, mas alinho com a mesma postura de sempre: dar o máximo. Motivo a equipa, o co-piloto e todas as pessoas que me acompanham, a dar o máximo. Direi que a maneira de abordar os ralis não mudou, agora posso é ter apenas hipóteses de ganhar apenas o grupo ou a classe em que participo, porque, na essência, o meu objetivo continua a ser o mesmo. Faço ralis para ganhar e não para perder. Nesse aspeto, sou o mesmo de sempre…”

Creditos: CampeonatoPortugalDeRalis.pt