Hugo Lopes, campeão de Portugal Júnior
“A curto/médio prazo o meu foco será correr num carro Rally2 e sagrar-me campeão”
A uma prova do final da época, o viseense Hugo Lopes sagrou-se campeão de Portugal Júnior de ralis e, mais importante ainda, juntou a esse título o de vencedor da Sports & You FPAK Júnior Cup, sucesso que lhe garante a disputa, em 2024, da Peugeot Rally Cup Ibérica. E uma possível vitória neste troféu internacional assegura-lhe o “passaporte” para em 2024 correr ao volante de um Rally2, objetivo que o jovem piloto persegue desde há muito.
“Chegar ao Campeonato do Mundo de Ralis? Claro que o meu sonho é esse, mas acho muito difícil concretizá-lo, porque será necessário muito dinheiro para esse patamar. Nunca deixarei de sonhar, embora a curto/médio prazo o meu foco será fazer tudo para poder correr num carro Rally2 e sagrar-me campeão de Portugal”, confessa o novo campeão Júnior.
– Na conquista do título de campeão Júnior de ralis, qual foi a parte mais difícil da época ou o rali mais complicado?
“Talvez este último, o Rali da Água, porque tive que fazer uma gestão criteriosa dos meus objetivos, pois queria vencer logo o campeonato Júnior e ao mesmo tempo conseguir uma boa classificação no campeonato 2RM. Agora, já com o título resolvido, irei para a última prova da época mais à-vontade para tentar vencer mais um campeonato. E também foi importantíssimo garantir o triunfo na Sports & You FPAK Júnior Cup em Chaves, ficando, como disse, mais ‘livre’ para o Rali Vidreiro”.
– Mais do que o título de campeão Júnior, 2023 foi planeado para o ataque ao título de 2RM?
“Indiscutivelmente, a prioridade era ganhar a Sports & You FPAK Júnior Cup, embora sem descurar os campeonatos Júnior e 2RM. Acabou por correr tudo muito bem, já que consegui vencer os dois primeiros e ainda tenho boas hipóteses de conquistar um terceiro título”.
– Já foram feitas as contas para o Rali Vidreiro? Sabe o que necessita para ser campeão 2RM?
“Basicamente, dependo de mim para ser campeão. Se vencer na 2RM sagro-me desde logo campeão. Não necessito de ganhar, mas o objetivo é esse, pois ficarei mais tranquilo e nessas circunstâncias não dependo de ninguém”.
– Entre piso de terra e de asfalto, em qual o Hugo Lopes se sente mais confortável?
“Neste momento, posso dizer que me sinto confortável em ambos. A minha escola de pilotagem foi o ralicrosse, em pisos mistos e com condução de improviso. No entanto, com o decorrer dos anos tive de aprender a gostar de asfalto e hoje sinto-me 100 por cento à-vontade em ambos os pisos, nos quais, aliás, reconheço que ainda tenho muito a melhorar. Ainda assim, acho que, provavelmente, sou mais rápido em pisos de terra”.
Para o Rali Vidreiro Centro de Portugal, palco de todas as decisões no que concerne ao Campeonato 2RM, Hugo Lopes espera realizar um teste mais intenso na preparação desta prova com alguém especialista: “Ainda estou a estudar essa ideia, porque poderia ajudar-me a corrigir pormenores de condução e ainda na definição do ‘set up’ do Peugeot 208 Rally4. Vamos ver…”