Lucas Simões: “Espero vir a ser um dia dos pilotos mais rápidos do CPR”
Tem 24 anos e embora nascido em França, na região de Bordéus, veio para Braga com dez dias de vida e aí se fixou até aos dias de hoje. Estudante de gestão, Lucas Simões, filho de pai francês e mãe portuguesa, apaixonou-se desde tenra idade pelos desportos motorizados na capital minhota e se aos 3 anos montou pela primeira uma moto, aos 5 já competia no campeonato nacional de trial. Uma lesão grave, sofrida na sequência do acidente com um karting de aluguer, aos 13 anos, afastou-o durante algum tempo dos motores. Fez uma época de iniciação no ralicrosse, mas foi a partir de 2017 que deu os primeiros passos na disciplina à qual acabaria por ser converter…
“Sempre acompanhei os ralis, pelos quais tive uma predileção especial. A minha estreia foi no Rali de Mondim de Basto, com um Renault Megane RS”, revela o jovem piloto, que depois apostou no Mitsubishi Lancer Evo, sagrando-se campeão regional do Norte em 2020. Até surgir, esta época, com um programa completo no Campeonato de Portugal de Ralis aos comandos de um Ford Fiesta MK II, ainda competiu de Hyundai i20 R5 (ex-Racing4You) em três ralis do Campeonato Galego e depois em outros tantos do CPR [Serras de Fafe, Terras D’Aboboreira e Vodafone Rally de Portugal].
“Até onde pretendo chegar? O meu sonho, sinceramente, é vir a sagrar-me campeão português de ralis, mas claro que tenho de ser realista e neste momento ainda não tenho nem andamento nem dinheiro para o conseguir. Ainda terei de percorrer o meu caminho, fazer quilómetros, conhecer as provas do CPR e, também, adquirir experiência. Nos troços em que me sinto mais à-vontade já consigo fazer alguns bons tempos e ir melhorando”.
Humilde e de pés assentes na terra, Lucas Simões explica o porquê da aposta no Ford Fiesta:
“Adquiri este carro na Noruega a um piloto local de ralis, porque era mais recente que o Hyundai e também pela oportunidade do negócio, além de ser um carro único, pois não havia nenhum a correr em Portugal, o que era importante para montar um projeto e angariar apoios financeiros”.
Para esta primeira temporada completa no CPR – “ainda estou em dúvida em relação ao Rali de Castelo Branco, por questões de budget”, confessa), o piloto de Braga garantiu os apoios da MRF Tyres e do JetStand, além da empresa familiar AO-Oficina do Alumínio, contando com a assistência da Racing4You e da OA Motorsport, uma pequena estrutura que sempre o apoiou.
“Estou consciente do trabalho que tenho a fazer, passo a passo, para ser cada vez melhor piloto de ralis, até porque os orçamentos também permitem fazer a diferença e evoluir de forma consistente. Mas espero vir a ser um dia dos pilotos mais rápidos do CPR e reunir condições para poder discutir o título de campeão nacional”.