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Meeke vence Rali da Água na última classificativa

Kris Meeke (Hyundai i20 N Rally2) sagrou-se, este sábado, vencedor do Rali da Água Transibérico Eurocidade Chaves-Verin, penúltima prova do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), depois de um duelo épico com Armindo Araújo (Skoda Fabia RS Rally2) que durou até à derradeira classificativa, para a qual entraram separados por 0.6s. O britânico revelou-se mais rápido na super-especial de encerramento do rali organizado pelo CAMI Motorsport, subindo ao primeiro lugar do pódio por uma margem de 1.8 segundos.

“É um pouco estranho o rali decidir-se na super-especial, mas acontece… Foi uma prova bastante difícil, atendendo às condições climatéricas que íamos encontrando, mas o desafio não deixou de ser interessante, depois de uma bela luta com o Armindo”, referia Kris Meeke, que somou o seu terceiro triunfo no CPR, depois de uma prova marcada pela chuva e pela imprevisibilidade do estado dos pisos. E se o despique pelo primeiro lugar foi empolgante, com Armindo Araújo, o campeão nacional em título e ainda candidato a renová-lo, em plano de maior destaque face aos adversários que também ambicionam ser campeões, a verdade é que, como já era previsível, confirmou-se que o campeão de 2023 será conhecido somente após o Rali Vidreiro.

“Preferia, obviamente, ter vencido o rali, mas este segundo lugar é bom para a classificação do CPR. Acertamos nas afinações e na escolha de pneus, pelo que, na generalidade e numa prova tão difícil, estou satisfeito com o nosso desempenho”, referia Araújo, que se revela cada vez mais à vontade com o novo Skoda RS. O piloto de Santo Tirso andou sempre destacado da concorrência e quem mais se aproximou foi José Pedro Fontes (Citroen C3 Rally2), só que algumas escolhas erradas de pneus não lhe permitiram fazer melhor. Bem mais atrás andou Ricardo Teodósio (Hyundai i20 N Rally2) que para além de diversos contratempos, como sucedeu na intempérie da segunda classificativa, raramente conseguiu vencer a falta de confiança no segundo dia para arriscar mais. Líder do CPR à partida desta prova, Miguel Correia (Skoda Fabia Rally2 evo) também esteve uns furos abaixo do que seria expectável, ao contrário de Pedro Almeida (Skoda Fabia Rally2 evo), que no regresso ao CPR fez uma “corrida” de trás para a frente, em termos de ritmo. João Barros (VW Polo GTI R5) estava, de igual modo, a subir de rendimento no último dia, mas capotou na Power Stage e deitou tudo a perder. Paulo Meireles (Hyundai i20 N Rally2) bem tentou, numa prova difícil para todos, andar o melhor possível, mas o facto de ter o filho Guilherme também nas classificativas, aos comandos de um Peugeot 208 Rally4, nunca lhe deu tranquilidade… “Fazer um rali com o meu filho cá dentro e nestas condições [climatéricas] é muito complicado. Estou sempre a ver onde é ele está, se já terminou a classificativa…”, desabafou o piloto de Guimarães.

No Campeonato 2RM (duas rodas motrizes), Gonçalo Henriques (Renault Clio Rally5), o vencedor do FPAK Júnior Team na época passada, esteve quase intocável para alcançar a sua primeira vitória no CPR, ao bater Hugo Lopes (Peugeot 208 Rally4) por 13.4 segundos, com Ricardo Sousa (Peugeot 208 Rally4) a uma distância considerável. “Correu tudo acima das minhas expetativas, pois é a primeira vez que andei à chuva com este carro, mas a verdade é que o “agarrei’ bem desde início. Nem tenho palavras para descrever esta vitória…”, confessou o jovem de Vila Nova de Poiares, enquanto o seu rival lamentava o erro na escolha de pneus. “Perdi muito tempo nas duas primeiras classificativas, mas o balanço acaba por não ser mau de todo”, dizia um Hugo Lopes feliz por ter assegurado por antecipação a conquista do título de campeão nacional no Campeonato Júnior.

Na terceira jornada da época do FPAK Júnior Team, a dupla Rafael Rego/Inês Veiga dominou e venceu pela segunda vez, mas só a quatro classificativas do final é que deixou de ser “ameaçada” por Pedro Pereira, quando este capotou e perdeu 19 minutos até conseguir retomar a sua marcha. A partir daí, Alexandre Cordeiro subiu um lugar, controlando a vantagem confortável que detinha sobre Vítor Matias.

 

Classificação final (oficiosa)

1º, Kris Meeke/Brian Hoy (Hyundai i20 N Rally2), 1.04.41,6

2º, Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia RS Rally2 evo), a 1.8s

3º, José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroen C3 Rally2), a 42.3

4º, Victor Senra/David Vasquez (Skoda Fabia R5), a 1.28.3

5º, Ricardo Teodósio/José Teixeira (Hyundai i20 N Rally2), a 1.36.9

6º, Pedro Almeida/Mário Castro (Skoda Fabia Rally2 evo), a 2.24.1

7º, Miguel Correia/Jorge Carvalho (Skoda Fabia Rally2 evo), a 2.27.5

8º, Paulo Meireles/Marcos Gonçalves (Hyundai i20 N Rally2), a 4.29.6

9º, Gonçalo Henriques/Gonçalo Cunha (Renault Clio Rally5), a 6.004

10º, Hugo Lopes/Tiago Neves (Peugeot 208 Rally4), a 6.13.8

2RM (oficiosa)

1º, Gonçalo Henriques/Gonçalo Cunha (Renault Clio Rally5), 1.10.42.0

2º, Hugo Lopes/Tiago Neves (Peugeot 208 Rally4), a 13.4

3º, Ricardo Sousa/Luís Marques (Peugeot 208 Rally4), a 1.28.3

4º, Ernesto Cunha/Rui Raimundo (Peugeot Rally4), a 2.02.7

5º, Pedro Silva/Roberto Santos (Peugeot 208 Rally4), a 2.37.1

Júnior (oficiosa)

1º, Gonçalo Henriques/Gonçalo Cunha (Renault Clio Rally5), 1.10.42.0

2º, Hugo Lopes/Tiago Neves (Peugeot 208 Rally4), a 13.4

3º, Danny Carreira/Bruno Abreu (Renault Clio Rally5), a 4.49.2

FPAK Júnior Team (oficiosa)

1º, Rafael Rego/Inês Veiga, 1.13.20.1

2º, Alexandre Cordeiro/Ricardo Camarate, a 3.47.1

3º, Vítor Matias/André Gaspar, a 4.30.0

4º, João Silva/Diogo Costa, a 5.19.5

5º, Pedro Pereira/João Aguiar, a 18.18.2

A próxima e última prova (oitava) do CPR será o Rali Vidreiro Centro de Portugal, nos próximos dias 13 e 14 de outubro, cujo centro nevrálgico é na Marinha Grande.

Creditos: CampeonatoPortugalDeRalis.pt