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MIGUEL NUNES “Quando me deito à noite e fecho os olhos… tenho as classificativas todas na cabeça”

Atual campeão de ralis da Madeira em título, Miguel Nunes (Skoda Fabia Rally2 evo) vai ser uma das referências para os pilotos que têm ambições a vencer esta edição do Rali Vinho da Madeira. Tem consciência dessa realidade e apenas promete dar o máximo, procurando repetir o sucesso conquistado há três anos…

– O campeão em título da Madeira é candidato a repetir a vitória de 2020?

“É verdade que chegamos ao Rali Vinho da Madeira sempre com essa vontade. Para os pilotos madeirenses é a prova mais importante do ano e todos gostam de estar em bom plano no decurso da mesma. Em 2020 conseguimos vencer e o primeiro lugar escapou-nos mais algumas vezes, depois de estarmos em condições de o alcançar. Vamos tentar vencer novamente…”

– Atualmente, os pilotos madeirenses são praticamente imbatíveis, face à concorrência que os visita?

“Eu não diria imbatíveis, mas sim bastante fortes, pois essa tem sido a realidade dos últimos anos. Isso deve-se ao facto de podermos dispor das mesmas condições, em termos de carros, comparativamente aos visitantes, algo que não acontecia antigamente, e da vantagem de conhecermos as estradas, nas quais competimos durante todo o ano, o que nos permite, também, evoluir nas afinações dos carros”.

– Há algum troço que o Miguel conheça melhor e seja capaz de o fazer de “olhos fechados”?

“Para ser sincero, conhecemos muito bem a maior parte das classificativas do rali. Quando me deito à noite e fecho os olhos… tenho as classificativas todas na cabeça. Claro que há sempre uma ou outra que conhecemos melhor. Por exemplo, o troço do Ribeiro Frio, que agora não se faz, conheço quase de olhos fechados, pois quando era criança passava lá todos os dias e durante vários anos…”

– O Miguel Nunes é o favorito número um para vencer esta edição do Rali Vinho da Madeira?

“Não sou o número um, porque há um leque que pode estar nessa luta, a começar pelos dois madeirenses mais fortes, nós e o Alexandre Camacho. Depois incluo também o Campedelli, que competiu cá em 2022 pela primeira vez, andou muito bem e agora surgirá ainda mais forte, e também o Kris Meeke. Tem estado fantástico no CPR e lembro que já fez este rali duas vezes, sendo rápido de ambas as vezes, bem como o Basso, vencedor de várias edições da prova e com ampla experiência nestas classificativas. E há que contar ainda com o pelotão nacional, entre os quais destaco o José Pedro Fontes e o Armindo Araújo, agora com o novo Skoda. Portanto, há um leque grande de pilotos que vai estar na luta pela vitória”.