NI AMORIM E O SUCESSO DO CPR: “Mantemos negociações com um operador televisivo”
O presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), Ni Amorim, não esconde a sua satisfação pelos frutos do trabalho desenvolvido pela entidade federativa nos últimos anos em diferentes áreas e que se refletem agora no atual momento do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) que chega à jornada de encerramento com os dois títulos em discussão entre quatro pilotos. Amorim assegura que o programa de apoio a jovens pilotos em início de carreira, o FPAK Júnior Team, é para continuar em 2024 e avança, sem mencionar mais detalhes, que continuam a ser desenvolvidos esforços, e decorrem negociações nesse sentido, para aumentar a cobertura televisiva nos ralis e, em geral, no desporto automóvel português.
– Com quatro candidatos ao título absoluto e outros tantos ao de 2RM e a decisão reservada para a última das oito provas da época, perspetiva-se um final em beleza… O CPR está bem e recomenda-se?
“Sim, o CPR está bem e o facto de a decisão dos títulos absoluto e de duas rodas motrizes, para os quais há quatro candidatos em cada um deles, se estender até à última prova é uma atração não só para o público em geral como para a Comunicação Social, e excelente para os patrocinadores. O Rallye Vidreiro – Centro de Portugal tem classificativas muito rápidas, restando-me fazer votos para que esteja bom tempo e não haja chuva, de modo a que o espetáculo seja ainda mais interessante para todos. É bom em qualquer parte do mundo que o título de campeão seja decidido entre quatro pilotos no derradeiro rali do campeonato. Estamos muito satisfeitos!”
– O aparecimento crescente de pilotos jovens no CPR é um sinal de vitalidade e de crescimento…
“A FPAK tem vindo a desenvolver um programa sem paralelo na história do desporto automóvel em Portugal, no âmbito da promoção e de apoio à carreira de jovens pilotos, que é o FPAK Júnior Team, que em 2022 e nos ralis permitiu ‘descobrir’ um valor seguro como o Gonçalo Henriques e já esta época tenho a certeza que outros se revelarão, dado que a iniciativa reúne um excelente conjunto de jovens promessas. O FPAK Júnior Team já foi, em 2023, alargado à velocidade em circuitos e poderei dizer que o balanço é muito positivo e a nossa intenção será dar continuidade ao projeto, tanto nos ralis como na velocidade, em 2024”.
– No futuro, e a curto prazo, que mais pode vir a ser feito pela FPAK para, no mínimo, manter a atual dinâmica que se verifica nos ralis?
“Oxalá seja possível a continuidade dos mesmos concorrentes e dos mesmos carros, tanto de Rally2 como de 2RM, dos últimos anos e que a Comunicação Social se interesse pelo automobilismo, porque da nossa parte, como entidade federativa, não poupamos esforços para aumentar a cobertura mediática, designadamente ao nível da Televisão e Redes Sociais, dos ralis e das restantes modalidades. Nesse sentido, desde há algum tempo que mantemos negociações com um operador televisivo tendo em vista 2024. O processo tem sido lento e de momento nada mais poderei adiantar, porque também não pretendo criar falsas expetativas sem ter ainda certezas e muito menos um acordo assinado. De qualquer modo, temos vindo a trabalhar afincadamente para garantir uma crescente visibilidade ao desporto automóvel e criar condições para que o ano de 2024 nos ralis, e não só, possa ser ainda mais aliciante, com oito provas no calendário e ainda a Taça de Portugal. À semelhança do que sucede no futebol, temos a incumbência de ajudar e acarinhar todos os intervenientes neste nosso desporto e é isso que temos vindo a fazer”.